SAMUEL CELESTINO
QUEM ACREDITA EM PESQUISAS?
26/08/2008 08:55:01
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Não tem jeito: pesquisa de opinião política, para mensurar quantitativamente a intenção de votos nos candidatos esteve, está, e estará sempre vinculada à origem, não só do instituto, mas quem a contratou. A diferença entre as pesquisas é estonteante. Num dia aparece o Datafolha, no outro o Ibope. Analisam-se os resultados e a conseqüência é samba do crioulo doido. Não dá para firmar juízo, para discutir números, posições, quando os resultados são estranhos, enigmáticos. Surgem, então, desconfianças sobre o instituto e sobre quem o contratou. Creio que se foi a época de os políticos contratarem pesquisas e, ao chegar o resultado, mascarar ordenando "diminua aqui", "aumente ali"; "diminuam os brancos", "acentuem os indecisos". Não se faz mais isso. Mas os institutos devem a quem acompanha as pesquisas resultados corretos. Basta lembrar da campanha Jaques Wagner versus Paulo Souto. Aquela foi histórica. Fecharam pesquisas na martelada. Para mim, volto a dizer, continuarei comentando os números apresentados, as posições dos candidatos, mas não creio nelas. São interessantes para animar o cenário, nada mais. Daí a razão que cito "pesquisas de fundo de quintal". São as que são fechadas à sombra de uma goiabeira, ou de um pé de marmelo. É, marmelo fica mais correto.
(Samuel Celestino)
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